domingo, 1 de julio de 2012

Mornese - Roverno, retorno à Valponasca e encerramento do Projeto Mornese 2012

Olhos d’água Ir. Madalena Luiza Scaramussa

Encharcada
Pela coragem sangrenta dos primeiros,
a terra se abre em fonte.
E entao, eu bebi
a pureza da fè,
ultrapassadas colunas, estàtuas, afrescos.
Là na profundeza,
 na fria crueza da pedra
o ardente memorial:
em nome de Jesus Cristo,
anuncio! Testemunho!
Entrega total!
(Roma antiga)

Regada pela radicalidade,
a terra se abre em mais fonte.
E bebi
o desprendimento,
a busca do essencial,
a paixao alucinante
o amor incondicional!
“Sou vossa serva Senhor!
A vòs todo o meu ser,
aos pobres meu pequeno fazer! »

(Assis)

Molhada pela fidelidade,
A terra se abre em continuidade,
e bebi
o espirito de familia,
a organicidade dinàmica,
a projetuidade,
a corresponsabilidade da pertença,
a escuta universal
a esperança de frutuoso porvir.

(Casa Geral e outras)

Embebida pela memòria
A terra se faz remanso
E mergulhei
Nas relaçoes familiares: fè, veracidade, trabalho, liberdade, alegria.
Amplidao do saber, do olhar, do compreender.
A sabedoria do escutar e responder.

(Bechi – Chieri)

Prenhe do apelo de Vida Plena,
a terra se manifesta em torrente
e entrei
e pus-me a seguir:
ali na sacristia, espaço individual,
o encontro olho no olho…
Cà na balburdia do pàtio,
a experiencia do ser com,
do fazer-se igual.
No centro do altar –
A razao de tanto labutar:
crer-se, sentir-se, ser filho (a) do Pai,
encontrar-se no seu amor
e deixar-se amar
sob o terno, materno olhar
daquela, que, descalça,
na frente vai
a caminhar.
(Turim ,Valdoco)

Irrigada pela àgua cristalina
A terra se abre em montanhas e lagos.
E contemplei beleza infinda, cores mil,
espelho da glòria e felicidade divinas.
E sorvi
A riqueza da relaçao construida no amor,
a perseverança na missao
para além das cruzes e dos resultados.
A reciprocidade entre acompanhnte e acompanhado.
A simplicidade da pessoa orante
que, no seu profundo, se deixa invadir
Pela doçura firmemente atuante
Do Deus - Amor,
caminho e fim de uma vida santa.

(Annecy)

Movida por subidas e descidas,
a terra se abre em vinhedos,
cascalhos, pedras, fio de àgua, fiel
no seu curso para o mar.
Casa, janela, poço, altar.
E descendentei o meu ser
Com a simplicidade do nativo lar,
a laboriosidade do campo,
o envolvimento social-eclesial.
Com a ascese do cotidiano:
alegria, caridade, humildade,
com a fecundidade espiritual.
E bebi a certeza fundante:
O Amado ali està!
Entao, coraçao, olhos, maos,
o ser inteiro,
tudo, como Maria, a Ele entregar.
Com a Imaculada Auxiliadora,
ouvir o grito
da menina, da mulher , da pessoa, e,
sem medo,
criar novos modos de educar,
acompanhar, expandir,
buscar
ser santa e santificar.
No agora, a glòria de Deus manifestar.
(Mornese)

A voce que nos favoreceu e também viveu tamanha graça, o obrigada de cada uma de nòs.


Projeto Mornese - 2012 - Brasil e Moçambique

Mornese: Colégio, Casa dell'Immacolata

O poço de Mornese conserva viva a sua rica simbologia. A experiência educativa de Maria Mazzarello e das primeiras irmãs de Mornese continua sendo fonte de água viva e não cessa de inspirar nossa vida. A primeira comunidade encarna um modelo de consagradas que, estando entre as pessoas, expressam a mística de um amor radical a Jesus. Hoje, como nossas primeiras irmãs em Mornese, dedicando-nos à educação dos jovens, e em particular da mulher, expressamos a alegria de ter encontrado Jesus, fonte de vida, e nos chama a ser sinal de uma humanidade renovada em sua Páscoa.